sexta-feira, 3 de setembro de 2010

VISÕES SINGULARES



Será mesmo que o desejo é uma tendência consciente, ou impropriamente posta como reprimida?.

Pressuposto como carência e indigência, o desejo é tradicionalmente imposto como uma espécie de fruto proibido, um pedido da alma por uma pitada de inquietude, será mesmo?.

Creio em um impulso que nos deixa a deriva, uma espécie de válvula de escape que nos mantém instáveis, o chamado estado de transe do espírito.

Existem algumas respostas que cercam nossa vida, porém aquela que com certeza nos faz declinar é a que permanece acordada na maioria do tempo: A culpa; é ela que fundamenta nossa fraqueza e nos faz enxergar o quanto deixamos nossas escolhas em segundo plano, as vezes por uma vontade involuntária e muitas vezes pelo próprio desejo de continuar submerso.
Essa reparação que somos inclinados a conceder todos os dias, de verdade em nome do que ou por que?.

Talvez uma triste trajetória de desculpas efadonhas que trazemos para nós mesmos querendo ou tentando convencer de que a vida é apenas uma resposta mal dada que estabelecemos em nome de uma falsa segurança, ou uma esquelética estrutura que erguemos para ficarmos de frente para a vida.
De frente?, creio que não.

Até que ponto nós estamos pré dispostos a aceitar nossos desejos?, eu não sei.

O que sei é que essa aflição que nos envolve é o que estabelece o limite entre a razão e a sensibilidade que fica submerso em nós - Compreendamos que o desejo é o estímulo da alma por um pouco de diversidade, arrisco a dizer inside; por que não?
E nessa clara dualidade que não se define em proporção que muitas vezes faz surgir a específica razão da vida: criar necessidades e descobrir vontades.

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