sexta-feira, 23 de abril de 2010

SOU EU

Acordei ansiosa. Mas nisso não há novidade alguma. Eu sou ansiosa, nunca estou ansiosa.
Eu sou um caos nunca estou no caos. Acordei depois de pouco dormir, depois de uma noite de degustação de cervejas. E o trabalho gritando por mim. E crianças gritando por mim. E marido gritando por mim.
Eu sou sempre um verdadeiro caos emocional. E costumo ser esbaforida, faço tudo ao mesmo tempo agora e o resultado é sempre péssimo: nada bem feito. E a falsa sensação de que fiz um pouco de tudo.
Sou adepta das meias verdades para não cair em minha própria desgraça. É incrível ser uma mulher assim apesar de ser pesado ser uma mulher.

Eu finjo soluções, eu acredito que tudo é só uma coisa. Nada além disso. Uma coisinha de nada.
Faço coleção de traumas e dramas. Sou atriz e marketeira por formação. Virei escritora no meio do caminho porque uma turma me convenceu de que eu escrevia bem e a outra me fez acreditar que eu era boa nas coisas da vida.
Na verdade acho que as duas turmas riam dos meus choros sempre sem sentido. Mas normalmente bem charmosos. Sempre que choro coloco meu óculos de grau para dar um tcham. Não sou sensual. Acho que nasci homem e, no caminho da sala de parto para o quarto virei mulher.

Adoraria fazer xixi em pé e queria saber qual é o barato de dizer para um amigo: "Aquela ali?! Já comi!".
Minha fidelidade é canina e sou a cúmplice mais cúmplice que conheço apesar de nunca ter visto um crime.
Um dia devo ser sábia. É o que dizem por aí: os mais velhos são sábios.
Ainda há tempo para mim então.

Prazer, meu nome é Tatiana Cavalcanti.
E acredite, não sou tão louca quanto pareço. É só charme.

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