quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Ter coxa mais larga protege o coração.



Esta é uma notícia especialmente boa para as mulheres que vivem brigando com o tamanho das coxas: uma pesquisa publicada no site do British Medical Journal mostra que quem tem circunferência maior da coxa está mais protegido contra doenças do coração.

Em tempo: isso vale para homens e mulheres.


Segundo o estudo, homens e mulheres com coxas medindo menos de 60 cm de circunferência estão mais sujeitos a problemas cardíacos e morte prematura. Coordenado por Berit Heitman, do Hospital Universitário de Copenhagen, esse estudo é o primeiro a fazer tal associação.

A pesquisa realizada na Dinamarca envolveu quase 3.000 pessoas: 1.463 homens e 1.380 mulheres. No início do estudo, foram medidos peso, altura, circunferência da cintura, do quadril e da coxa e composição corporal dos participantes.

Os dados sobre incidência de doenças do coração e mortes foram obtidos após dez anos de acompanhamento dos participantes.

Nesse período, 257 homens e 155 mulheres morreram, 103 homens e 34 mulheres tiveram doença do coração e 140 mulheres, doença cardiovascular. Os pesquisadores verificaram que os participantes que não tiveram eventos cardíacos eram os que tinham maior circunferência da coxa.

Essa associação com o tamanho da coxa e as doenças e mortes foi feita após os pesquisadores fazerem os ajustes para fatores como gordura corporal, colesterol alto, tabagismo etc. Eles acreditam que o risco relacionado à coxa mais fina deve dizer respeito a pouca massa muscular nessa região do corpo. Eles explicam que ter pouca massa muscular leva à baixa sensibilidade à insulina e ao diabetes tipo 2 e, em longo prazo, a doenças cardiovasculares.

Os autores do estudo acreditam que os médicos poderiam usar o tamanho da coxa como um sinal precoce de risco do paciente. Eles também sugerem às pessoas com menor circunferência da coxa que aumentem, em quantidade e/ou carga, os exercícios voltados para os membros inferiores, para aumentar a massa muscular nessa região.

“Nosso estudo apontou que ter coxa fina está associado ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares e à morte precoce. Esse risco foi identificado independentemente de fatores como gordura abdominal, sobrepeso, hipertensão e colesterol alto”, concluem os pesquisadores.

Iara Biderman

(reprodução - Coração Saudável)

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